No dia 22 de março um grupo de jovens e adultos do Arciprestado de Abrantes acordou cedo, espreitou a chuva e segui confiante até ao Retaxo.
Aí esperava o Cónego José da Costa e alguns representantes dos escuteiros de Cebolais (três dirigentes e um explorador). O Cónego José da Costa deu as boas-vindas e o Cónego António Assunção comentou o Evangelho, enquadrando o motivo da nossa presença ali.
Fora da Capela da Senhora da Guia, iniciámos a Via Crucis com um apelo ao silêncio e interioridade como Jesus fez até ao Calvário. À frente, apontando o caminho, ia o professor Edgar Saraiva da Proteção Civil de Vila Velha, atrás de todos, dois Dirigentes CNE de Cebolais. A Cruz Jubilar ia sendo transportada pelos elementos de diferentes paróquias ou grupos de jovens, a oração e as propostas de cada estação foram acolhidas por mais velhos e mais novos, sendo que a pequena Margarida, saltitando da frente para trás e vice-versa, animava a todos a não desistir. Mesmo quando a chuva calou as guitarras, a lama, os regatos e poças naqueles caminhos de floresta, atraiam a atenção mais para o chão do que para as maravilhosas e diversas flores e líquenes que nos ladeavam, o canto continuava a marcar o ritmo. Não tivemos uma pedra para repousar ou pousar o almoço, nem um pequeno coberto para nos abrigar da chuva, mas tínhamos um grupo unido no mesmo propósito: caminhar com Jesus que nessa manhã nos dava a entender que a Cruz está em cada pegada, mas a bênção da presença dos irmãos ajuda quando mais é necessário.
O sol também se fez presente na descida para Vila Velha e pudemos dizer “Laudato Sii” por tanta maravilha na natureza que nos rodeava. Este foi também dia de louvor e gratidão.
Agradecemos às Câmaras de Abrantes, pelo autocarro, à de Vila Velha pela presença no caminho, ao Pe. António Castanheira pela presença do princípio ao fim, ao Pe. Pedro Tropa que chamava à oração no meio dos montes, ao nosso Assistente Pe. André Beato que caminhava estimulando e ao Pe. António Escarameia que nos esperava na Senhora da Alagada, explicando aquela linda capela.
E, a surpresa final foi a presença do nosso Bispo, D Antonino Dias que de propósito foi ter connosco a Vila Velha. Ali apelou ao cuidado do coração, estando atentos ao que lá colocamos. De facto, não é só o empenho intelectual e material que importa, mas sim a experiência de amor e entrega.
Os jovens chegaram felizes às suas casas e alguns já manifestaram interesse em se inscreverem na Peregrinação a Fátima que se realiza no dia 24 de maio.
Irmã Maria Fernanda da Luz
