no 5.º aniversário do encontro de oração com presidentes da Israel e da Palestina
Apelo deixado em encontro com peregrinos, que recordou ainda viagem à Roménia
O Papa convidou hoje crentes e não-crentes a associarem-se a uma iniciativa pela paz, este sábado, no 5.º aniversário do encontro de oração com presidentes de Israel e da Palestina que decorreu no Vaticano.
“Às 13h00 somos convidados a dedicar ‘um minuto pela paz’ – de oração, para os crentes; de reflexão, para quem não acredita -, todos juntos por um mundo mais fraterno”, declarou Francisco, no final da audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.
A 8 de junho de 2014, após a sua viagem à Terra Santa, o Papa reuniu no Vaticano os presidentes de Israel e da Palestina (Shimon Peres Mahmoud Abbas), numa cerimónia com a presença do patriarca ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu, bem como de responsáveis da Santa Sé e representantes judaicos e islâmicos.
Durante este inédito encontro de oração pela paz no Médio Oriente, Francisco rezoupara que sejam “banidas” as palavras “divisão, ódio, guerra”.
O ‘minuto pela paz’, neste sábado, é uma iniciativa promovida pela Ação Católica Internacional.
A reflexão desta manhã, na audiência geral, foi centrada na recente viagem do Papa à Roménia, que decorreu entre sexta-feira e domingo, destacando que os “diversos encontros evidenciaram o valor e a exigência de caminhar juntos, seja entre cristãos, no plano da fé e da caridade, seja entre os cidadãos, no plano do compromisso civil”.
Francisco considerou que os cristãos estão a “viver uma época de relações fraternas entre as diversas Igrejas”, uma união “selada pelo sangue e pelo sofrimento sofrido juntos nos tempos obscuros da perseguição, em especial no século passado, sob o regime ateísta”.
No domingo, o Papa presidiu à Divina Liturgia em Blaj, com a beatificação de sete bispos mártires greco-católicos, perseguidos pelo poder comunista, durante o século XX.
Evocando o seu encontro com representantes das comunidades ciganas, Francisco quis renovar o seu apelo contra a “discriminação” e pelo “respeito das pessoas de qualquer etnia, língua e religião”.
No final do encontro, o Papa saudou os peregrinos de língua portuguesa, em particular os fiéis de Lisboa e um grupo de magistrados brasileiros.
“Queridos amigos, ao preparar-nos para a festa de Pentecostes, lembremos que é com a força que recebemos do Espírito Santo que podemos ser verdadeiras testemunhas do Evangelho no mundo. Desça sobre vós e vossas famílias a bênção de Deus”, disse.
Francisco falou ainda sobre a Solenidade do Pentecostes, que se celebra este domingo.
“Abramos as nossas mentes e os nossos corações à ação do Espírito Santo em nós, para que nos santifique e faça de nós testemunhas de Cristo, no mundo em que vivemos. Procuremos servir os irmãos, aproveitando os dons espirituais que recebemos”, pediu.